Orange Anuncia Cabo Submarino Para a Tunísia; Países da CEDEAO planejam estender cabo de Amílcar Cabral

A atividade de cabos submarinos na África parece estar longe de desacelerar. Planos foram recentemente anunciados para dois cabos adicionais, um conectando a França e a Tunísia e o outro envolvendo a região da CEDEAO.

A operadora francesa Orange anunciou um plano para construir um cabo submarino que conectará a cidade tunisiana de Bicesse Grande à cidade francesa de Marselha. A nova infraestrutura de 1050-quilômetro fornecerá rotas adicionais para vários pares de fibra, cada um com capacidade de 20 terabits. Está programado para estar operacional até o final de 2025. O projeto será cofinanciado pela Comissão Europeia. A notícia não é nenhuma surpresa. Em 2013, a Orange investiu em um cabo ligando a Tunísia e a Europa por meio de um acordo de compartilhamento de investimentos com a Ooredoo.
A Orange não está sozinha no desenvolvimento desses planos. Em outubro de 2022, a Ooredoo Tunísia assinou um acordo de parceria com a PCCW Global para acessar o cabo submarino PEACE, programado para entrar em operação em 2024.
Entretanto, a linha submarina Amilcar Cabral, originalmente prevista para ligar apenas a Guiné e Cabo Verde, poderá ser prorrogada quando a Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria e Serra Leoa aderirem ao projeto e assinarem um memorando de entendimento (MoU).
A Comissão da CEDEAO organizará a implementação do projeto através do diálogo com os países beneficiários, doadores e outras partes interessadas. Um Comitê Diretor Ministerial e um Comitê de Peritos foram estabelecidos.
O projeto de desenvolvimento do cabo submarino Amilcar Cabral começou em outubro de 2018 e não está claro como o MoU mudará seu desenvolvimento, mas uma declaração do ministro de Serra Leoa indica que o cabo "não apenas fornecerá um backlink para nosso cabo submarino exclusivo existente, mas também também ajudará a aumentar a penetração da banda larga nos estados membros e promover a integração regional por meio de comunicações digitais e instalações de comércio eletrônico, facilitando assim a criação de um mercado digital único na região da CEDEAO."